Quanto vale a Bioeconomia?

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Caminhar para o desenvolvimento sustentável se tornou uma urgência na sociedade. Um campo de estudos preocupado com o consumo consciente é a bioeconomia, seu objetivo é ser uma economia focada na utilização de recursos de base biológica, recicláveis e renováveis. Refere-se às atividades econômicas que produzem e usam produtos e/ou processos oriundos de material biológico.

A principal diferença da bioeconomia atual em relação à do passado é o uso intensivo de novos conhecimentos científicos e tecnológicos, ela vai além da produção de bioenergia, envolve a produção de biodegradáveis, biopolímeros, medicamentos, cosméticos, etc. É conhecida também como “Nova Bioeconomia”, movimenta mundialmente cerca de 1/5 do PIB dos países em desenvolvimento. Segundo dados da OECD, a bioeconomia movimenta no mercado mundial cerca de 2 trilhões de euros e gera cerca de 22 milhões de empregos. A OCDE estima que, até 2030, a contribuição global da biotecnologia será de US$ 1 trilhão/ano. E até 2030 estima-se que 80% dos fármacos irão ser desenvolvidos com a biotecnologia.

A bioeconomia já é realidade no Brasil desde a década de 1970, na corrida pelo desenvolvimento científico especialmente os BRIC´S (Brasil, Rússia, Índia e China) o Brasil leva algumas vantagens em Bioenergia (1. Mundial em produção de etanol). Adicionalmente, a competência em bioenergia, agricultura e biotecnologia faz do Brasil um dos protagonistas no cenário da bioeconomia em nível mundial, em um país megabiodiverso é premente investir em um modelo econômico baseado no uso sustentável de recursos naturais.

 

Dez anos desde que a UNCTAD nos EUA (Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento, 2002), citou a Biotecnologia como “a Tecnologia que mudará a maneira como os produtos são concebidos, manufaturados e comercializados.” Atualmente a biotecnologia invadiu os organismos viventes e seus subgrupos celulares, para fabricação ou modificação de produtos para melhorar a vida do ser humano, estas mudanças de mercado refletem o consumo diferenciado, favorecendo um nicho de mercado importantíssimo para sustentabilidade. concluir que em um mercado onde o conhecimento científico voltado a aplicações práticas traz excelência, que significa: potencial competitivo, tem muito a ser explorado, principalmente o Brasil. Resta saber quem irá comprar, a que preço e custo final.