Crescimento populacional e demanda por alimentos: como fica o saldo disto?

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Existem mais de 7 bilhões de pessoas no planeta, de acordo com ONU, a população mundial em 2024 será superior a 8 bilhões de pessoas e, em 2050, superior a 9,5 bilhões, exigindo maior oferta de alimentos. Segundo a FAO (2015), cerca de 805 milhões de pessoas no mundo não têm comida suficiente. Isto faz acender uma luz vermelha no painel: como alimentar toda esta população cujo acesso aos alimentos é tão deficitário? Como aumentar a oferta de alimentos, sem alterar o sistema agrícola de forma negativa?

Segundo a curva de Malthus, a humanidade cresce em uma progressão geométrica, diferente da produção/disponibilidade de alimentos (aritmética), é natural que haja escassez de terra para o plantio. A área terrestre no mundo, adequada para a agricultura, incluindo pecuária, em uso e potencial, compreende cerca de 3 bilhões de hectares, A FAO mostra que essas áreas estão concentradas em poucos países devido ao processo intenso de expansão agrícola. Cerca de 90% das terras potenciais para expansão agropecuária estão na América Latina e na África Subsaariana. Teremos que aumentar nossa produtividade em 70% para conseguirmos abastecer a população estimada em 2050, diante disso a inovação no campo e na indústria passa a ser essencial para as futuras gerações.

Observamos que a biotecnologia possibilitou uma plantação mais assertiva, com sementes geneticamente modificadas unida ao melhoramento genético, aumentando a produtividade agrícola. Além da revolução industrial, que alterou os padrões de produção de alimentos, elevando a capacidade de oferta e trazendo novas tecnologias, nos possibilitando alterar parcialmente a curva que Malthus proposta inicialmente, ou seja, aumentar a oferta de alimentos sem necessariamente aumentar as áreas plantadas.

Nos resta confiar e investir em tecnologias que possam melhorar a situação atual e direcioná-la para um futuro certo. Assim a biotecnologia apresenta-se como poderosa ferramenta para melhoramento de qualidades nutricionais e farmacológicas em alimentos que possam não só alimentar, mas também, dar qualidade nutricional ao indivíduo e, futuramente prevenir/tratar doenças aumentando a expectativa de vida das pessoas.